As visitas recebidas no presídio de Criciúma pelo prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), viraram motivo de questionamentos por parte da desembargadora Cinthia Bittencourt Schaefer, relator da operação Mensageiro. Na metade de março, ela afirmou em despacho que “existem notícias”, além de igualmente ter chego ao conhecimento dela, “de que possivelmente o denunciado Joares Carlos Ponticelli, prefeito municipal de Tubarão, em tese, estaria recebendo visitas na unidade prisional ao arrepio da legislação vigente, inclusive de prefeitos municipais, sem qualquer registro nos sistemas de segurança, o que, caso verdadeiro e não justificável, pode ocasionar em uma série de responsabilizações de agentes públicos, nas mais diversas esferas”.

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Ela pediu posicionamento do Ministério Público e da defesa do prefeito. A desembargadora também registrou que no sistema interno dos presídios não havia qualquer registro das visitas. No começo de abril, o presídio Regional de Criciúma foi oficiado a se manifestar.

A pedido do Ministério Público (MP-SC), a unidade precisaria apresentar a lista de visitas recebidas por Ponticelli, devidamente cadastradas ou não, e que, caso não cadastradas, justifique a ausência dos devidos registros nos sistemas de controle de segurança pública, conforme despacho da magistrada.

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O advogado de defesa do prefeito, Nilton Macedo Machado, afirma que, se há alguma falha nas visitações (sempre fui em dias comuns, com um advogado do escritório e nunca soube nem encontrei qualquer outra pessoa em visitação) o problema é do DEAP, não da defesa”.

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