Deflagrada em duas fases desde dezembro de 2022, a operação Mensageiro agita o Judiciário de Santa Catarina. Até agora, são seis prefeitos presos no trabalho iniciado pelo Ministério Público (MP-SC) para apurar o escândalo do lixo no Estado. No Tribunal de Justiça (TJ-SC), o processo está sob responsabilidade da desembargadora Cínthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaeffer. Segundo apurado pela coluna, ela adotou um ritmo intenso nas últimas semanas para dar conta da complexidade da ação que investiga dezenas de pessoas em várias regiões catarinenses.
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Quem é o empresário apontado pelo MP-SC como “mensageiro” da propina para prefeitos
Os despachos da desembargadora têm ocorrido diariamente, sem distinção de dia e horário. Há, inclusive, despachos feitos na madrugada, segundo fontes ouvidas pela coluna. Mesmo depois das audiências de custódia, que ocorrem após as prisões, todos os prefeitos foram mantidos presos pela desembargadora.
A postura dela tem chamado a atenção, diante do comprometimento com o processo. Além disso, o tamanho da ação judicial tem tomado conta da rotina da desembargadora. Há meses que o gabinete dela atua nos pedidos feitos pelo MP-SC e no atendimento às petições dos defensores dos advogados.
A origem
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Apesar de ter somente duas fases, a operação Mensageiro, que desvendou o escândalo do lixo em Santa Catarina, teve como origem outra investigação. Tudo começou com a operação Et Pater Filium, em julho de 2020. À época, o então prefeito de Major Vieira, Orildo Severgnini (MDB), foi preso. Posteriormente, ele foi condenado a mais de 100 anos de prisão dentro das investigações. Orildo, portanto, foi o primeiro de uma lista de nove prefeitos e um vice-prefeito investigados nos desdobramentos da Et Pater Filium, e agora da Mensageiro.
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