Você pode achar que o título acima está errado, mas não é o caso. A Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) discutiu uma moção de repúdio, nesta terça-feira (29), ” à imparcialidade na condução do processo eleitoral e a imposição de censura prévia por parte do Tribunal Superior Eleitoral em desfavor de apoiadores do Presidente da República”. Sim, o texto repudiava algo que é justamente o que se espera do TSE. O pedido do deputado Jessé Lopes (PL) – responsável por uma defesa enfática da moção no plenário – foi aprovado com quatro votos contrários dos deputados do PT (Luciane Carminatti, Fabiano da Luz, Neodi Saretta e Padre Pedro).
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Coube à Carminatti ir até o microfone para apontar que havia um erro de redação no texto. Ela lembrou que o autor queria dizer “parcialidade” e não “imparcialidade”, conforme a visão dele. A parlamentar chegou a dizer que se fosse pela imparcialidade, ela também poderia votar a favor, e apontou o texto para Jessé.

Percebendo a falha, Jessé também foi ao microfone e disse que poderia ser um erro de digitação, que o correto seria “parcialidade” e que isto estaria descrito no texto completo da moção. No entanto, momentos antes, ao defender a moção, o deputado chegou a dizer: “Independente (sic) de A, B, ou C, nós queremos parcialidade”.
Com o apontamento de Carminatti, o presidente da Alesc, Moacir Sopelsa, atendeu ao pedido de Jessé para que os termos fossem trocados: imparcialidade sai de cena e entra o termo parcialidade. Logo em seguida, então, a moção foi aprovada com os quatro votos contrários da bancada do PT.
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