Rejeitado por ampla maioria dos deputados na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), o projeto que proíbe a corrida de cães no Estado pode voltar a tramitar. O deputado estadual Marcius Machado (PL), autor do texto, tenta as 21 assinaturas previstas no regimento da Alesc para a reapresentação da matéria em 2022. Na primeira tentativa, a proibição da prática foi barrada pelos parlamentares por 17 votos a 4, além de três abstenções. O resultado gerou repercussão e cobranças aos deputados.
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Machado nem chegou a votar no dia da sessão em que o texto foi analisado pela Assembleia. Ele afirma que estava em viagem na Serra catarinense e perdeu o sinal de internet para participar da sessão de forma virtual. Mesmo assim, reiterou a intenção de discutir novamente o projeto na Alesc e criticou a rejeição, em entrevista ao programa CBN Total, na CBN Diário, nesta terça-feira (7).
A votação em plenário foi no dia 25 de agosto. Desde lá, aumentou a repercussão sobre o assunto, principalmente entre os protetores de animais. Parlamentares que votaram contra se manifestaram durante a votação. Bruno Souza (Novo) disse que “é um projeto que deixa muitos pontos em aberto. Pode prejudicar atividades praticadas por clubes, que são insuspeitos, gostam dos animais, não estão ali para maltratar”. Jessé Lopes (PSL) também atacou a proposta, enquanto Silvio Dreveck (PP) se absteve por falta de mais informações sobre a proposta, segundo ele.
A proposta original previa uma alteração no Código Estadual de Proteção de Animais para incluir entre os itens vedados “realizar competições de corrida de cães”. Houve uma emenda do próprio autor para permitir a atividade somente com animais que atuam nas forças de segurança como as polícias Civil e Militar nos casos de treinamento.
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Nos últimos meses, as ocorrências envolendo disputa com cachorros em Santa Catarina passaram a preocupar. Isso porque, um decreto no Rio Grande do Sul proibiu a prática no Estado gaúcho. As fiscalizações aumentaram, por isso, aumentaram. As corridas teriam passado a ocorrer em solo catarinense.
Essa é uma das suspeitas da Polícia Civil. Em maio, a corporação flagrou uma corrida clandestina em Araranguá, no Sul do Estado. Cães da raça galgo, usados para as disputas, foram recolhidos com sinais de maus-tratos.
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