Uma entrevista do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), ao jornal Estado de S. Paulo, no final de semana, foi o suficiente para reacender o que antes era uma chama tímida: o separatismo. As redes sociais foram inundadas de pessoas defendendo que o Sul e o Sudeste se tornem um novo país, deixando as demais regiões separadas. Apesar de Zema não falar isto especificamente, os “entusiastas” da ideia se agarraram nos argumentos dele de união dos Estados do Sul e Sudeste para discutirem pautas de forma conjunta.

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Quem defende a ideia do separatismo, entretanto, segue a mesma linha de quem até o começo do ano ocupava a frente de quartéis pedindo intervenção militar. Os golpistas agora se utilizam de um novo discurso totalmente fora da realidade, que é fazer uma separação de Estados. O pior é que os defensores desta ideia irreal se utilizam de argumentos econômicos para esconder interesses eleitorais.

A discussão sobre a união dos Estados em prol de pautas em comum, como defende Zema, é saudável. O Cosud, consórcio citado por ele na entrevista, existe há cinco anos. Santa Catarina faz parte desde o começo, quando era Carlos Moisés da Silva o governador, e continua integrando o grupo com Jorginho Mello (PL). Nada contra discutir de forma conjunta para ganhar força no cenário federal.

Por outro lado, quem defende o separatismo acha que isto é motivo para se aliar contra os demais Estados. Não é, e nem deve ser. Uma ideia de separação passa pelo ambiente político, e isto não deve ser ignorado. Quem quer se separar não pensa na economia ou desenvolvimento, pensa unicamente em questões ideológicas e políticas.

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É por isto que a ideia do separatismo nada mais é do que a nova pauta dos golpistas de quartel. Pessoas com ideias irreais querendo desvirtuar o Brasil das discussões sérias e corretas.