Mais uma delação premiada assinada dentro da operação Mensageiro tende a impactar com força as investigações do escândalo do lixo em Santa Catarina. Neste começo de 2023, um delator aceitou colaborar com o Ministério Público (MP-SC). Além disso, ele também assinou um acordo em que se compromete em devolver R$ 50 milhões aos cofres públicos por conta da corrupção. Apesar de nenhuma autoridade ou órgão envolvido na investigação falar sobre a operação porque ela corre em segredo de Justiça, a coluna conseguiu confirmar os detalhes exclusivos com fontes ligadas ao processo.

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Exclusivo: Mensageiro da propina no escândalo do lixo de SC faz delação premiada

A Serrana Engenharia está no centro da operação Mensageiro. Segundo o MP-SC, a empresa pagava propina a prefeitos e agentes públicos para se beneficiar em contratos. Estima-se que são inúmeros de contratos em diversas prefeituras catarinenses.

Uma fonte ouvida nos bastidores fala que a expectativa é de muitas outras fases pela frente. A Mensageiro já teve três etapas e sete prefeitos presos. A operação Et Pater Filium, que antecedeu a Mensageiro, foi feita em sete fases.

O advogado da Serrana Engenharia, Dante D’Aquino, não tem se manifestado sobre a operação por conta do sigilo nível 5, o máximo dentro do Judiciário.

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Operação Mensageiro

A desembargadora Cinthia Bittencourt Schaeffer decidiu pela proibição da divulgação dos nomes e da identificação dos delatores da Operação Mensageiro, que investiga supostas fraudes em contratos de coleta de lixo em municípios catarinenses e já levou sete prefeitos à prisão preventiva. A decisão vale para a NSC, que noticiou a colaboração com exclusividade em suas plataformas, e todos os outros veículos de comunicação. No despacho, a desembargadora reforça a importância da liberdade da imprensa e assegura a cobertura da operação: “A liberdade de imprensa é um direito salutar em um ambiente democrático”. A decisão se restringe à identificação dos delatores. Por conta da decisão, este texto foi alterado. Cabe recurso da decisão.

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