A delação premiada da advogada Michelle Guerra contribuiu para o avanço da operação Alcatraz, que teve a segunda fase deflagrada nesta terça-feira (19). Sem dizer nomes, os investigadores revelaram durante a coletiva na sede da Polícia Federal (PF) que a colaboração dele contribuiu para a checagem de informações relativas aos contratos relacionados ao SC Saúde, plano de saúde dos servidores públicos do Estado.

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Primeira delação premiada movimenta bastidores da operação Alcatraz

As informações que foram dadas pela advogada, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF), coincidiram que o que havia sido levantado inicialmente. Michelle Guerra tinha um escritório em sociedade com Nelson Nappi Castello Branco Junior. O local seria usado como fachada para o recebimento de propina, de acordo com a PF. Os valores depois seriam repassados aos demais integrantes do esquema.

Delatora da operação Alcatraz fez acordo para cumprir pena de 12 anos e pagar multa

O escritório de Michelle e Nelson, segundo apurou a coluna, recebeu R$ 800 mil de uma das empresas investigadas nesta segunda fase da operação. Mas, Michelle afirmou em depoimento da delação que nenhum serviço foi prestado por eles durante o tempo que o estabelecimento esteve aberto.

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O acordo de delação premiada assinado dentro da operação Alcatraz pela advogada Michelle Guerra com o Ministério Público Federal (MPF), e homologado pela Justiça Federal, prevê que ela vai cumprir 12 anos de pena fora da cadeia. Uma parte será em prisão domiciliar e o restante com progressão para os regimes semiaberto e aberto. Michelle é considerada peça importante pelos investigadores por ter sido sócia de Nelson Castello Branco Nappi Junior, ex-secretário adjunto de Administração do Estado, apontado pela Polícia Federal (PF) como epicentro da organização criminosa que atuaria para desviar recursos de licitações e contratos da pasta.