Os advogados do ex-presidente da Epagri Luiz Ademir Hessmann, uma das oito pessoas que continuam presas na operação Alcatraz, se utilizaram da mesma estratégia do senador Flávio Bolsonaro para tentar suspender o inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga irregularidades em contratos de tecnologia e de terceirização do governo do Estado.
Continua depois da publicidade
A defesa de Hessmann entrou com um recurso extraordinário no Supremo Tribunal Federal (STF) dentro do mesmo processo que beneficiou o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro com a suspensão da investigação originada em relatório do Coaf que apontou operações bancárias suspeitas de servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
A decisão do presidente do STF, Dias Toffoli, foi de repercussão geral. Ou seja, deve ser aplicada a todos os casos em que a investigação surgiu de compartilhamento de informações de órgãos de controle sem autorização judicial. No caso da Alcatraz, entretanto, todos os recursos em diferentes instâncias foram negados até agora, inclusive os do ex-presidente da Epagri. O pedido da defesa de Hessmann, comandada pelo advogado Marlon Bertol, foi feito no final de julho. Até ontem, Toffoli ainda não havia se posicionado sobre o caso.
Outro recurso
Os advogados também havia protocolado um recurso em forma de reclamação no STF. O caso tem a relatoria do ministro Luiz Edson Fachin, mas Bertol diz que a defesa requisitou a desistência do pedido. Os esforços ficam concentrados no processo em análise pelo presidente do Supremo.
Continua depois da publicidade