Era janeiro de 2020 quando o Oeste de Santa Catarina começou a dar os primeiros sinais de que o Estado todo viveria um período difícil nos meses seguintes por conta do avanço da Covid-19. Com a vacinação dando os primeiros passos, sob um ritmo ainda lento da chegada de doses, a doença causava ainda mais preocupação com internações e mortes numa curva ascendente. O que antes era concentrado no Oeste se espalhou em poucas semanas para o restante dos municípios catarinenses. UTIs encheram, as mortes aumentaram e as restrições por parte das autoridades cresceram timidamente para evitar a propagação da Covid.
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Um ano depois, neste começo de 2022, a Covid volta a ser um enorme problema para Santa Catarina. No entanto, longe daquele tamanho de 2021, mas com características que exigem também reação das autoridades. Enquanto no ano passado a dificuldade era com a gravidade da doença e seus efeitos, agora a rede básica de saúde está sobrecarregada. Isto exige ação para evitar a falta de atendimento.
Ao mesmo tempo, enquanto em 2021 discutia-se a necessidade de restrições para se evitar um contágio mais forte com consequências nos hospitais, desta vez os fechamentos e o lockdown não entra nem sequer nas rodas de conversa. E o motivo é simples: a vacina mudou o status da preocupação. Tanto gestores como a população olham para a Covid atualmente de forma diferente.
As internações mostram que as pessoas que chegam em um leito de UTI, na sua maioria, são aquelas sem as doses da vacina. Por isso é que, em um Estado com elevado percentual de vacinação, como é o caso de SC, o comportamento de reação mudou do ano passado para cá.
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Isto não impede, entretanto, que a guarda dos gestores continue alta. Parte dos prefeitos, já em 2021, preferiu evitar movimentos bruscos para frear a doença. Em 2022 este mesmo grupo segue no mesmo caminho. Contudo, o que se espera é que os sinais não sejam ignorados, e pelo menos respeitados. A doença continua circulando, e isso não há como ignorar. Nossa proteção é a vacina, que salva vidas.
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