Está tudo normal lá fora. Esperávamos algo diferente quando a pandemia acabasse. Mas a pandemia não acabou e nem teve o “novo normal”. Voltamos a viver como era antes. Nada de coisas diferentes, mas sim como a gente vivia.
Continua depois da publicidade
> Leia todas as crônicas de domingo
A gente queria ir a uma festa tranquilamente. Tínhamos saudade de encontrar família e amigos. Pensávamos em deixar a máscara de lado. Sonhávamos com aquele velho hábito abandonado porque o coronavírus não nos permitia mais executá-lo. Na verdade tudo o que queríamos era o passado. E agora o passado voltou. Estamos tirando o atraso. Nos vacinamos justamente para viver mais e compensar o que ficou para trás. Agora, lá fora, é isso que está acontecendo. Talvez cedo demais. Talvez tarde demais. Nunca saberemos.
O que sabemos é que tínhamos saudade de viver. Por isso que mesmo sobre todos os apelos, recomendações e cuidados, o que predomina é a condição humana. Depois de dois anos, o tempo ficou extenso demais para prolongá-lo. Chegou o momento de matar a saudade.
Não será a mesma coisa do que se tivéssemos vivido sem pandemia, obviamente. Perdemos amigos, familiares, histórias. Vivemos tempos inesquecíveis marcados pela pela incerteza. Tamanha foi a dor do incerto que agora só queremos viver como antes, voltar ao confortável jeito que conhecíamos.
Continua depois da publicidade
Sem certo ou errado nisso tudo, o melhor é viver à sua forma, com respeito a quem pensa diferente, com empatia a quem quer fazer se outro jeito. O velho normal voltou. E é isso que a gente está vivendo lá fora.
Leia também:
Bom papo