Vivo há um ano o BBB do nascimento de uma mãe. Acompanho 24 horas por dia, não apenas como um mero espectador, a evolução de uma mulher na mate.nidade. Com a chegada de João Pedro, minha esposa colocou os dois pés em um mundo novo, na maioria das vezes romantizado por maravilhas escritas em redes sociais. A prática, como bem aprendemos, tem suas belezas e durezas. Diferentemente do BBB da TV, não há festa duas vezes por semana e nem precisa de prova do líder para que haja teste de resistência na madrugada.
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Marcos Piangers: Retribuir o amor de mãe
Ainda na gestação, a força feminina vem à tona. O corpo muda completamente, surgem vontades inusitadas e dores aleatórias, as noites de sono ficam agitadas e as emoções à flor da pele. Ali mesmo, na verdade, começa a nascer uma mãe. Raquel conversava com João Pedro na barriga, fazia carinho, antecipava a rotina da nossa casa.
Quando o nosso pequeno veio ao mundo, já havia uma sintonia entre eles. E logo iniciou-se um processo de inteira doação, de mãe para filho. O corpo foi entregue à amamentação, as noites interrompidas diariamente e as incertezas aumentaram as preocupações. Acompanhar ativamente o desabrochar da maternidade me fez também evoluir como pai. Falando nisso, não me passa pela cabeça como homens conseguem distanciar-se ou até sumir da criação de um filho. Mas este é um assunto para outra crônica. Meu foco aqui é o nascimento da mãe, uma figura que transcende qualquer tentativa de explicação.
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Quase todos os dias ouço da minha esposa: “É muito amor por ele. Não existe maior”. Em apenas um ano, vi Raquel mudar suas convicções sobre a maternidade para agradar o pequeno. Assisti a trocas de carinho dignas de lágrimas ao espectador. A vi ceder e abrir mão de suas prioridades. Podem procurar em livros, filmes, histórias, lendas e mitos. Não há algo maior do que amor de mãe. Mesmo para as mães de primeira viagem, que aprendem diariamente.
Ninguém as ensinou como fazer, é instintivo. Sentem como cuidar, como amar, como colocar o filho deitado nos braços e, de forma mágica, acalmá-los. Com um ano, João Pedro sorri toda vez que vê a mãe entrar em casa, e chora nas saídas. Ela, quando sai, também sofre. Obviamente que dona Aurielle, minha mãe, havia me ensinado tudo isso, principalmente sobre amor incondicional. Mas, acompanhar a transformação de uma mulher em mãe, reforça a admiração de quem está ao nosso lado e causa uma necessidade de compensar tanta dedicação. Como em um reality show, é como se tivéssemos a opção de votar para que ela fosse a nossa campeã.
No BBB da vida real, porém, há outras formas de fazê-la a número 1. Poucas horas antes deste dia da Mães, inclusive, Raquel fez questão de ecoar pela casa: “Amanhã quero ser tratada como uma rainha”. Mal sabia ela que os súditos já haviam pensado em tudo. Nosso filho ainda não entende o significado desta data. Aprenderá pelo exemplo, como o que daremos neste domingo. A principal lição será: amor e gratidão pela sua mãe devem fazer parte da rotina, não apenas em datas comemorativas. Demonstre a admiração sempre que puder e nunca desperdice um abraço de mãe.
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