A migração de criminosos de uma facção criminosa do Rio de Janeiro para Santa Catarina é um alerta para as autoridades da segurança pública catarinense. Por conta disso, a relação de membros do grupo com o Estado tornou-se prioridade da diretoria de Inteligência da Polícia Civil. Desde outubro de 2020, foram 11 presos em SC com ligação à facção. Todos eles vieram do Pará. Os criminosos são investigados por envolvimento na morte de policiais penais em cidades paraenses.

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A unidade da Polícia Civil não divulga mais detalhes sobre as investigações, mas a coluna apurou a relação da facção catarinense com o grupo carioca tem sido um suporte para os bandidos paraenses em SC. Somente nos últimos dias, foram duas prisões no Estado, uma em Penha e outra em Palhoça.

Os presos em cidades catarinenses são considerados membros de alto escalão da facção no Pará. Diante disso, as Polícias Civis dos dois Estados trabalham de forma conjunta. As equipes de inteligência dão o suporte para a atuação dos agentes da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), que fazem a abordagem aos criminosos considerados de alta periculosidade.

Ataques a policiais penais

Santa Catarina já viveu um período tenso com ataques de facções criminosas à segurança pública. Em 2012, uma agente prisional foi morta por bandidos ligados ao grupo catarinense. Com operações policiais e o reforço das atenções contra as facções, o clima nos últimos anos amenizou.

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No Pará, entretanto, o cenário é preocupante. Somente em 2021, foram seis policiais penais assassinados por grupos criminosos. Por conta disso é que as prisões em SC são consideradas importantes para conter o avanço da facção carioca e os ataques contra os servidores públicos.

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