O governo Moisés trabalhou nas últimas horas nesta segunda-feira (10) para buscar os cinco votos necessários que podem derrubar a emenda sobre o duodécimo do deputado Marcos Vieira (PSDB) ao texto do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) na Comissão de Finanças e Tributação da Alesc, que se reúne nesta terça (11), às 13h30min, para votar a proposta. Na LDO enviada pelo Executivo, os poderes e a Udesc terão uma diminuição de 21,88% para 19,69% no repasse para 2020. Vieira, no entanto, propôs a emenda para restituir os valores e garantir os 21,88%. Como é o relator do projeto, além de presidente da comissão, o tucano também apresentou um parecer favorável à sua modificação.

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Nesta segunda-feira, em evento na Acif, o governador Carlos Moisés se mostrou confiante com a derrubada da emenda: “contamos com essa hipótese. O nosso apelo aos deputados é que tenha uma modificação”. Dos nove integrantes da comissão, apenas um é declaradamente membro da base aliada do governo, diferentemente da CCJ, onde a linha de defesa é maior e melhor estabelecida.

Caberá justamente ao único pesselista da comissão de Finanças, o deputado Sargento Lima (PSL), apresentar um substitutivo global na reunião. O texto mantém os 19,69% e a redução pretendida pelo governo.

Como estarão em Brasília nesta terça-feira, o governador e o secretário da Casa Civil, Douglas Borba, atuaram nesta segunda (10) para tentar convencer a maioria dos deputados a votar pela manutenção do percentual pretendido pelo Executivo. Os parlamentares receberam dados das finanças do Estado enviados pelo governo como tentativa de argumentação. Tudo para evitar que a emenda de Marcos Vieira passe e vá para o plenário.

Bate e rebate

A segunda-feira foi de troca de argumentos em relação ao duodécimo. Enquanto o governo aponta para os benefícios à população com mais investimentos, os poderes alegam que os serviços prestados por eles serão prejudicados. Cada lado com justificativas para implacar sua tese.

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