Na mesma linha da decisão dos dois presos da operação Alcatraz, a juíza federal de Florianópolis Janaína Cassol Machado também determinou que as pessoas investigadas na operação Saldo Negativo também sejam transferidos para prisão domiciliar pelos próximos 90 dias por conta do novo coronavírus. A ação deflagrada pela Polícia Federal (PF) de Santa Catarina em novembro de 2019 investiga um esquema de fraude bilionário de tributos.

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Diferentemente da Alcatraz, no caso da Saldo Negativo o número de presos era alto: 14 pessoas receberam o direito de cumprir a prisão em casa. Eles vão ter que usar tornozeleiras eletrônicas. Outros três investigados já estavam nessa condição e sete conseguiram a revogação da prisão preventiva, todos por decisões anteriores. Uma pessoa está foragida.

Neste domingo, os presos que estavam em Florianópolis já haviam deixado o presídio da Capital. Também havia pessoas detidas em outros Estados. A investigação da Saldo Negativo iniciou com a abertura de inquérito policial em novembro de 2017, em Florianópolis, quando, de acordo com a PF, ficou demonstrado que o grupo prestava assessoria tributária e vendia supostos créditos que alegava possuir, enganando os empresários com a ilusão de que poderiam compensar seus débitos com o fisco com referidos créditos, que eram inexistentes.

Um dos detidos era servidor da Receita Federal. Um mandado de prisão também foi cumprido em Indaial, no Vale do Itajaí. Os outros mandados de prisão foram cumpridos em Brasília (5), São Paulo (10) e Paraná (1). Até da operação já tinham sido identificadas cerca de 3.500 empresas clientes do grupo criminoso, sediadas em 597 municípios, abrangendo todos os estados brasileiros.

Em dezembro de 2019, a juíza recebeu a primeira ação penal referente à operação. O processo tem 29 réus.

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