Desde março de 2020 uma pergunta insiste em rondar o combate ao coronavírus: não vamos abrir mais leitos de UTI? Por redes sociais, pessoas questionam autoridades sobre hospitais de campanha e mais estrutura de atendimento, um apelo natural diante do crescimento dos casos da doenças em Santa Catarina. Mas até quando vamos nos agarrar em leitos de UTI para enfrentar a pandemia?
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Em quase um ano, houve um aumento de 160% no número de unidades de terapia intensiva nos hospitais catarinenses. Mesmo assim, há saturação no Oeste e a proximidade disso na Grande Florianópolis. Fica cada vez mais claro que o enfrentamento depende de mais ações, como comportamento das pessoas e medidas de autoridades nos casos mais graves. Esperar que as UTIs resolvam o problema é aceitar pessoas doentes, algo que ninguém quer.
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Decisões contra o coronavírus
Repito há meses: prefeitos estão nas cadeiras para tomar decisão. O atual modelo de compartilhamento do enfrentamento à pandemia em Santa Catarina permite ações tanto das prefeituras como do governo do Estado. Caso não saia do governador Carlos Moisés, os prefeitos precisam agir.
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O Oeste enxerga um exemplo. Com o agravamento da crise, os municípios optaram por controlar a circulação de pessoas. A medida veio com um cenário de colapso, mas aconteceu. E precisa existir quando os leitos de UTI ficam próximos ou lotados. Não é defender fechamentos, mas sim discutir forma de evitar aglomerações.
Problema de RH
A discussão sobre leitos de UTI sempre parece simples. A cobrança é direta: “precisamos abrir mais leitos!”. Mas a efetivação disso é muito complexa, longe da facilidade da cobrança. A grande dificuldade, afirmam as autoridades, está na questão de RH. A contratação de profissionais é cada vez mais complicada.
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Ainda mais pelo exaustivo tempo de atendimento contra a doença, que desde março sobrecarrega o sistema de saúde. Os médicos, enfermeiros e técnicos estão cansados, alguns acometidos pela Covid-19. Abrir leito de UTI depende principalmente dos profissionais.
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