Mesmo com a ponderação de que sejam seguidas as recomendações do Ministério da Saúde, não há justificativas plausíveis neste momento para a retomada das atividades religiosas presenciais no Brasil, como autorizou o governo federal. Pelo decreto assinado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, as ações passam a ser consideradas como essenciais durante o período de calamidade por conta do novo coronavírus.
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A equivocada decisão pode retirar as pessoas do recomendado isolamento para levá-las aos templos. Segundo a jornalista Andrea Sadi, em seu blog no portal do G1, a pressão de líderes religiosos motivou a decisão do governo de autorizar a liberação das atividades religiosas. O pedido, porém, não se justifica já que as diferentes religiões vêm promovendo suas missas e cultos através de transmissões online.
A presença física em um tempo religioso ou aglomeração, mesmo com o distanciamento recomendado pelo Ministério da Saúde, pode ser dispensando neste momento de isolamento. Não se discute a fé das pessoas, que pode ser manifestada de diferentes formas. Mas chegou o momento de todos abrirem mão de seus hábitos rotineiros em prol da sociedade.
Todos os serviços essenciais foram paralisados, alguns deles sem qualquer alternativa. Missas e cultos, porém, ganharam a internet em um formato crescente no país. Puderam se adaptar e transmitir a fé. Mesmo com a decisão do governo federal, líderes religiosos se manifestaram no sentido de que as pessoas permaneçam em casa durante o período de quarentena.
Por parte de quem sente necessidade de ir às missas e cultos presenciais, chegou mais um momento de praticar a Bíblia, que em diversos trechos cita a palavra "compaixão". É disso que precisamos nesse momento. Um sentimento para com o outro em um período tão difícil.
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