Na primeira sessão após um ano e oito meses de trabalhos suspensos, a CPI da Chapecoense no Senado Federal teve um depoimento-chave. A controladora de voo boliviana Célia Monasterio falou aos senadores sobre o trabalho no dia do acidente com o avião do time catarinense, em novembro de 2016, quando morreram 71 pessoas. A funcionária da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares da Navegação Aérea (Aasana) está presa em Corumbá (MS) porque fugiu da Bolívia, onde é procurada justamente pela investigação sobre o acidente.
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Celia disse aos senadores que já pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ser extraditada já que pretende provar sua inocência no caso. O depoimento da funcionária na CPI fez com que os parlamentares ficassem com a visão de que as autoridades da aeronáutica da Bolívia foram os responsáveis por permitir a operação do voo da LaMia mesmo sem as condições necessárias.
A autorização teria sido feita pela Direção-Geral da Aviação Civil (DGAC) da Bolívia. Relator da CPI, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), o órgão deveria ter vetado a operação já que o plano de voo era inconsistente e sem a regularidade da apólice do seguro. A indenização para as famílias das vítimas, inclusive, é um dos principais pontos abordados pela CPI.
Presidente da Comissão, o senador catarinense Jorginho Mello (PL) apontou que o depoimento da controladora será importante para o avanço das investigações:
– O depoimento dela, os documentos que ela vai mandar para nos informar de novas provas que ela tem, a gente avança efetivamente para conseguir chegar aos verdadeiros responsáveis e quem tem responsabilidade com as indenizações, que são as companhias de seguro.
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