A desistência do governo de Santa Catarina do projeto do complexo hospitalar pode render uma “multa” milionária para os cofres públicos. Como a proposta foi feita em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Estado tem o compromisso de concretizar o que foi assinado em contrato. Caso contrário, há previsão de ressarcimento ao BID de US$ 896 mil, o equivalente a R$ 4,6 milhões.

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Governo Jorginho engaveta projeto bilionário de complexo hospitalar em Florianópolis

O contrato prevê alguns motivos para cancelamento do projeto sem ressarcimento, como a inviabilidade da proposta, o que não se confirma. Assim, o governo de SC terá que comprovar os motivos para a desistência sem multa.

Nesta segunda-feira (6), a coluna trouxe a informação em primeira mão de que o governador Jorginho Mello (PL) decidiu engavetar o projeto do complexo hospitalar que havia sido desenvolvido no governo Carlos Moisés da Silva. A informação causou a reação de integrantes da gestão anterior.

Diretor de desestatização e parcerias da Secretaria da Fazenda durante o Governo Moisés, afirmou que foram dois anos de estudo para a conclusão do modelo. Ele afirma que a estrutura era a solução para a necessidade urgente de remoção do Hospital Celso Ramos do local atual, condenado pela ação do tempo.

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Segundo o atual governador, entretanto, a secretaria de Saúde já pensa em outra solução para resolver o problema do Celso Ramos. Da mesma forma, a pasta também cogita alternativas para o Hospital Infantil Joana de Gusmão. A secretária de Saúde, Carmen Zanotto, afirma que o projeto do complexo desenvolvido no governo Moisés não prevê aumento dos leitos infantis. A justificativa de Zinder é que um estudo epidemiológico não apontou a necessidade do incremento da capacidade a longo prazo.

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