Depois de ser condenado no Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) a 10 anos de prisão dentro da operação Fundo do Poço, o deputado estadual catarinense Romildo Titon (MDB) mudou de advogado e contratou um dos nomes mais conhecidos pela atuação na operação Lava Jato. Na substituição dos defensores, saiu de cena Claudio Gastão da Rosa Filho, criminalista bastante conhecido em Santa Catarina por atuação em casos de repercussão. Ele fazia a defesa de Titon desde os primeiros passos do processo.

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No lugar dele entra Alberto Zacharias Toron, advogado de São Paulo. Recentemente ele ficou mais evidência por conseguir uma decisão favorável no Supremo Tribunal Federal (STF) a favor de Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras, com a anulação de uma decisão dada pelo então juiz federal Sérgio Moro, dentro da operação Lava Jato. Em uma reportagem recente, a revista Época o classificou como o "Rei do Habeas Corpus", que é o instrumento jurídico usado para questionar supostos excessos em decisões.

A mudança de defesa de Titon já foi protocolada na ação. A assessoria de Gastão da Rosa Filho confirmou a substituição. A coluna tentou contato com o deputado, mas ele não foi localizado para comentar a estratégia de defesa.

Operação Fundo do Poço

A operação "Fundo do Poço" foi deflagrada em 2013 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) para desmontar um grupo que fraudava licitações de implantação de poços artesianos no Meio-Oeste. Entre os envolvidos estavam políticos e empresários. Parte deles foi inocentada na decisão do TJ-SC de dezembro.

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