Ainda na montagem das chapas para as Eleições 2022, o senador Jorginho Mello (PL), então pré-candidato ao governo de Santa Catarina, acabou ficando isolado. Escolheu a delegada Marilisa Boehm como vice nos últimos dias do prazo diante da falta de alternativas das coligações. Assim, concorreu com “chapa pura”, amparado por um apoio inicialmente discreto do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). No entanto, mesmo diante de um cenário, aparentemente, mais difícil, Jorginho conseguiu vincular-se diretamente aos bolsonaristas para receber o efeito de arrastão do partido no Estado.
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O senador varreu o primeiro turno. Teve uma ampla diferença em relação a Décio Lima (PT). Assim, Jorginho vai para o segundo turno como favorito. Ao mesmo tempo, o PL fez as duas maiores bancadas de deputados. Na Alesc, serão 11 parlamentares, enquanto em Brasília o partido terá seis por Santa Catarina. Já no Senado, a única vaga catarinense em disputa ficará também com o partido, através de Jorge Seif (PL).
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Estes resultados mostram que o impacto de Bolsonaro em SC ainda é avassalador. Foi que Jorginho enxergou ao decidir por um gurpo “puro”, sem aceitar ceder a candidatura para o também senador Esperidião Amin (Progressistas), que oferecia esta possibilidade nas conversas entre ambos.
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Assim como foi em 2018, quando Carlos Moisés da Silva (Republicanos) surfou na onda bolsonarista, Jorginho também fez o mesmo em 2022. Mas, desta vez, o candidato do bolsonarismo em SC conseguiu partir de um histórico de relação com o presidente da República, algo que faz a diferença na força necessária para uma votação expressiva.
Com os resultados deste domingo, Jorginho e o PL mudam de patamar em SC. O que resta saber é se ambos terão habilidade política para manter-se na crista da onda nos próximos quatro anos, algo que faltou a Moisés.
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