A rede criminosa de mentira foi mais potente que rede de proteção contra a divulgação de fake news. A quantidade de notícias falsas que se espalhou é absurda. Isto foi admitido pelo próprio presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes. Por mais que existam difererentes tipos de projeto para combater as mentiras sobre as eleições, predominou uma força muitas vezes oculta que toma conta das redes sociais.

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Há uma grande discussão a se fazer sobre este assunto, não apenas nos períodos eleitorais. Como ser efetivo no combate às fake news que interferem diretamente na vida das pessoas? O exemplo atual é fundamental para entendermos que a mentira divulgada numa rede social atinge o poder de decisão da sociedade.

O TSE decidiu, recentemente, que iria aumentar o poder de polícia do próprio tribunal para permitir a retirada de conteúdos falsos que circulam. Obviamente que a medida contribui, mas ainda não deve ser suficiente. A velocidade com que os materiais são distribuídos apontam para a necessidade de outras ferramentas e níveis de combate.

Para piorar, há ainda a participação de figuras públicas no compartilhamento destes conteúdos, o que dá um ar de “autenticidade” perigoso. A discussão sobre as mentiras compartilhadas, infelizmente, tem sido permeada pelo mesmo problema dos últimos anos no Brasil: a polarização.

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Enquanto este for um tema que diz respeito a uma briga política e ideológica, estaremos fadados a ficar dando voltas. O combate à mentira precisa ser único. Quem está em jogo não é um lado político, mas sim a democracia.

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