O nome do coronel Aurélio Pelozato para o comando-geral da Polícia Militar (PM-SC) já vinha sendo cogitado nas últimas semanas. No entanto, a possibilidade repercutiu mal internamente diante de uma rejeição que se formou contra o oficial. Assim, esperava-se que Jorginho Mello (PL) tivesse recuado e partido para outra opção, o que não ocorreu. Pezolato foi o escolhido, principalmente por influência de bolsonaristas, tanto de Santa Catarina como de fora do Estado.

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O coronel já ocupou o cargo de chefe do Estado-Maior da corporação, que é a cadeira 03 na hierarquia. Atualmente, coordenava a diretoria de Tecnologia da PM-SC. Apesar de não ter ocupado cargos de comando em batalhões do Estado, Pelozato tem uma trajetória em Brasília. Ele atuou na Força Nacional, inclusive em períodos importantes como o Pan-Americano e as Olimpíadas, ambos no Rio de Janeiro. Pelozato também estudou na China.

Nos últimos anos, esteve em Brasília, na Força Nacional de Segurança, onde manteve relação com o coronel Aginaldo, comandante da corporação, e marido da deputada federal Carla Zambelli (PL), uma bolsonarista de primeira linha. O coronel Freibergue Rubem do Nascimento, que é próximo da vice-governadora de SC, Daniela Reinehr, também é apontado como um dos nomes militares que ajudou a referendar Pelozato.

No entanto, o novo comandante-geral terá que apaziguar o clima para si mesmo dentro da corporação a partir de agora. Fontes ouvidas pela coluna não questionam a qualidade técnica do coronel, mas acreditam que a forma de relação comportamental atrapalha a imagem interna.

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