Há um descontrole sobre o Desenvolvimento Econômico de Santa Catarina. A instabilidade agravada pelos processos de impeachment e a pandemia fica ainda mais pesada para o Estado com trocas constantes do secretário responsável por negociar com investidores. Desde janeiro de 2019, SC teve cinco pessoas diferentes no comando da pasta. Na troca mais recente, nesta quinta-feira (29), a governadora Daniela Reinehr decidiu exonerar Luciano Bulligon para colocar Ricardo Gouvêa oito dias antes da decisão sobre o impeachment de Carlos Moisés da Silva.
Continua depois da publicidade
Daniela exonera Luciano Bulligon da secretaria de Desenvolvimento Econômico
Sem um nome fixo no Desenvolvimento Econômico, a pergunta que fica é: com quem o investidor conversa para colocar dinheiro no Estado? Entre janeiro de 2019 e junho de 2020, era Lucas Esmeraldino. Depois, Rogério Siqueira ficou até novembro, quando Daniela assumiu interinamente pela primeira vez no processo de impeachment do salário dos procuradores.
Por cinco dias, a governadora manteve no cargo Henry Quaresma. Ele foi exonerado por Moisés no começo de dezembro, quando o governador estava de volta ao cargo e começou a refazer o seu secretariado. Foi, então, quando Bulligon, ex-prefeito de Chapecó, chegou para a função. Celso Albuquerque, adjunto da pasta, também comandou a secretaria interinamente, entre uma saída e outra.
Obviamente que há outros personagens importantes na vitrine para possíveis contatos de investidores. Mas o secretário de Desenvolvimento Econômico é a figura central de planejamento e execução de medidas conjuntas. Sem continuidade não há como atrair recursos para o Estado.
Continua depois da publicidade
> Receba as principais notícias de Santa Catarina pelo Whatsapp
O investidor que liga para o governo, certamente, deve ter dificuldades em pedir pelo nome do secretário. Afinal, em dois anos e quatro meses, são cinco pessoas diferentes, com equipes distintas ao seu redor.
A forma com que a secretaria vem sendo tratada resume a instabilidade política catarinense entre 2020 e 2021. Não há segurança administrativa para se investir. E isso é uma afronta, principalmente no momento mais delicado da história de SC.
Leia mais:
Santa Catarina passa por uma bagunça político-administrativa