Um nome conhecido na política de Florianópolis está de volta ao cenário eleitoral. Preso em 2007 na operação Moeda Verde e depois inocentado da condenação por prescrição de pena, em 2020, o ex-vereador da Capital Juarez Silveira se filiou ao Progressistas. O ato ocorreu na noite desta terça-feira (20), sob a benção de nomes como a ex-deputada Ângela Amin, o pré-candidato do partido à prefeitura, Pedrão, e o deputado estadual Zé Milton.

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Segundo o a executiva municipal do partido na Capital, o ato serviu para filiações de pré-candidatos a vereador. Cinco nomes assinaram ficha, incluindo Juarez, conhecido como Juju. Ele foi vereador na Capital por cinco mandatos. No último, esteve entre os alvos de mandados de prisão da Polícia Federal (PF) dentro da operação Moeda Verde.

À época, ele era líder do governo na Câmara de Vereadores de Florianópolis. Ao decidir sobre o caso, o relator do processo no TRF4, em Porto Alegre, destacou o papel ativo dele nas ações da investigação de irregularidades. Por isso, entendeu a decisão que ficou comprovada a corrupção passiva e manteve a pena de 7 anos em regime semiaberto, em 2019.

No ano seguinte, porém, o TRF4 reconheceu a prescrição das penas e o inocentou de qualquer condenação, segundo o advogado do ex-vereador, Marcelo Peregrino.

Histórico

A investigação que desencadeou a Moeda Verde começou em 2006, mas em maio de 2007 foram feitas 22 prisões temporárias em Florianópolis – foi a primeira vez que os empresários e políticos da Ilha de Santa Catarina foram para a carceragem da Polícia Federal. Os presos logo ganharam a liberdade, mas houve desdobramentos como uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de Vereadores e depois batalhas jurídicas nos tribunais.

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Os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) que assinaram a denúncia, João Marques Brandão Neto e Eduardo Barragan Serôa da Motta, concluíram que haveria uma quadrilha na Capital e que dela fariam parte empregados da empresa e servidores públicos de um esquema de corrupção para invasões e ocupações de áreas públicas. Com base em documentos, e-mails e interceptações da PF, os procuradores relatam que o grupo se destinava a praticar crimes contra o meio ambiente, o patrimônio público (especialmente com a grilagem de terras públicas) e a administração pública.