Casamento de Topazio e Maryanne: “famílias” ainda não se entendem

A festa foi grande. Centro Sul cheio, organização bem feita, clima de alegria. Tudo para selar o casamento eleitoral de Topazio Neto (PSD) e Maryanne Mattos (PL), neste sábado (27), em Florianópolis. Porém, havia um clima esquisito no ar. Não por parte do prefeito que tenta a reeleição na Capital, nem da vereadora que foi indicada pelo governador Jorginho Mello (PL) para ser a vice na chapa. Mas sim por parte das “famílias” de ambos.

Nos pequenos detalhes, percebia-se um clima “cheio de dedos” pela relação nada amistosa entre PSD e PL. Claramente, os dois partidos estavam ali, juntos, por conveniência. Antes mesmo da convenção, o que mais se especulava era como seria o ambiente com Jorginho no mesmo palco ao lado de nomes pessedistas como João Rodrigues e Júlio Garcia.

Também se especulava se os liberais usariam adesivos do PSD, e vice e versa. Além de outros pequenos momentos que poderiam expor as rusgas mais recentes entre as “famílias dos noivos”. Era como naqueles casamentos em que o “climão” já existe antes da festa e os convidados ficam à espera de eventuais crises públicas.

Na convenção da chapa de Topazio, porém, tudo ficou nos bastidores, mas bastante perceptível para qualquer observador atento. Logo na entrada dos pré-candidatos no palco, o apresentador pediu que os políticos se dividissem em dois lados para que todos pudessem assistir a um vídeo. Salvo um caso ou outro, para um lado foram os representantes do PL e para o outro os nomes do PSD e demais partidos.

O esperado encontro de Jorginho com os caciques do PSD também não ocorreu. As lideranças pessedistas tinham convenções marcadas em Biguaçu e Joinville. Por isso, saíram durante o evento, que teve o ato principal iniciado por volta de 11h20. Jorginho, por sua vez, somente chegou no evento por volta de meio-dia.

O governador levou com ele a ex-primeira-dama do Brasil Michelle Bolsonaro. No peito, o governador ostentava o adesivo do PL, mas também um adesivo com referência a Topazio. Uma demonstração de que o “sogro” na relação política está de bem com o “genro”. Entretanto, o clima não é dos melhores no restante da família. Teve até integrante do PL que saiu antes mesmo da parte principal do evento acontecer.

Mais do que se unir politicamente, Topazio e Maryanne terão a dura missão de aproximar duas famílias que não se entendem, e deixaram isso evidente na festa de casamento. Talvez a união nem seja a parte fundamental do processo eleitoral, mas certamente pode ser uma pedra no sapato na relação entre ambos, que agora estarão juntos nas urnas, na saúde e na doença.