Claramente, não há uma estratégia para a temporada de verão no Brasil. O período de maior movimento de turistas no país, entretanto, não coincide com um planejamento à altura do momento que vivemos. Felizmente, os casos de Covid-19 caíram consideravelmente, além de que as internações e mortes seguem no mesmo caminho. Por outro lado, o Brasil parece não estar alinhado a uma preocupação mundial que é a variante ômicron. Longe disso, aliás. O que se vê no país é a falta de uma estratégia digna para receber turistas.

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Não entro nem no mérito de novas restrições ou planejamentos semelhantes, afinal o cenáro epidemiológico está longe de exigir isso. Mas barreiras sanitárias seriam, no mínimo, cautelares. A vacinação, da mesma forma, deveria ser requisito obrigatório a partir de um plano do governo federal, e não de determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Enquanto outros países montavem verdadeiras operações de guerra com foco em imunização, o Brasil prefere olhar para os assuntos da mesma forma que vem fazendo desde o começo da pandemia: o que vale mais é a ideologia.​

Nenhuma das discussões mais recentes sobre Réveillon e Carnaval, por exemplo, se baseia nos cenários epidemiológicos. Caso dependesse deles, nenhuma decisão seria tomada com muita antecedência.

Mas há uma pressão forte nas redes sociais baseada apenas e tão somente nas questões ideológicas que ganha força sobre a decisão dos gestores. E mais uma vez perde-se a oportunidade de que a pandemia receba a verdadeira atenção.

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Os próximos meses serão fundamentais para que o impacto da variante ômicron seja sentido de maior ou menor forma no nosso sistema de saúde. A vacinação deveria ser encarada como prioritária. Contudo, há municípios que suspenderam a imunização durante as festas de final de ano como se esse serviço fosse algo que pudéssemos abrir mão neste momento. Já abrimos mão de muita coisa em dois anos, mas disso não podemos abrir, ainda mais se tratando da vacina que salva vidas.

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