Havia muita dúvida sobre o motivo de o presidente Jair Bolsonaro (PL) ter escolhido Santa Catarina para o seu último evento público antes do primeiro turno das Eleições 2022. Neste sábado (1º), entretanto, Joinville ajudou a explicar a decisão do candidato à reeleição. Milhares de pessoas participaram da motocarreata organizada para receber Bolsonaro na maior cidade de Santa Catarina. Desta forma, ele recebeu uma espécie de “bênção” para fechar a campanha, justamente em um dos Estados mais bolsonaristas do Brasil, como mostram os números da pesquisa Ipec.
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Joinville foi a cidade com mais de 300 mil habitantes em todo o país que deu o maior percentual de votação ao atual presidente nas Eleições 2018. Talvez esteja justamente aí o motivo principal da escolha do local que o receberia para fechar a campanha deste ano. Pelas pesquisas Ipec e Datafolha divulgadas no começo da noite deste sábado (1º), Bolsonaro precisará que o bolsonarismo catarinense, conhecido em todo o país, se repita em outras regiões do Brasil, pelo menos em parte.
A motocarreata deste sábado, em Joinville, teve a confirmação de que a maior cidade do Estado deve dar mais uma vez uma votação representativa ao candidato do PL. Não necessariamente a quantidade de pessoas nas ruas representa o resultado na urna, mas a atmosfera joinvilense já indicava que a recepção a Bolsonaro seria para confirmar que a cidade tende a sinalizar outro apoio a ele.
Os candidatos do PL em SC, Jorginho Mello, ao governo, e Jorge Seif, ao Senado, se aproveitaram do momento para capitalizar votos. Ambos querem estar totalmente colados a Bolsonaro. Conforme a última pesquisa Ipec, divulgada pela NSC nesta sexta-feira (30), o atual presidente da República tem 54% dos votos em solo catarinense. Tanto Jorginho como Seif crescem nos cenários em que disputam na comparação com os primeiros levantamentos.
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Fica visível que os dois catarinenses esperam subir ainda mais para atingirem seus objetivos. Bolsonaro também precisa subir, mas não necessariamente em SC, onde deve vencer mais uma vez. A dificuldade do presidente da Repúbica é no resto do país. No entanto, foi por aqui que ele tentou receber a energia necessária para chegar ao segundo turno.
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