As manifestações do 7 de Setembro em defesa do presidente Jair Bolsonaro em Santa Catarina vão impactar nas eleições para o governo do Estado. Ficou claro pelos atos ocorridos em diferentes cidades que Bolsonaro mantém força em solo catarinense, desenhando uma provável nova onda de votos, assim como ocorreu em 2018. Por conta disto, a força do presidente da República será disputada ainda mais daqui para frente pelos candidatos ao governo.

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Nos últimos dias, candidatos como Jorginho Mello (PL) e Esperidião Amin (Progressistas) intensificaram a troca de farpas em busca de comprovar quem é o candidato mais bolsonarista. Em paralelo, Carlos Moisés (Republicanos) e Gean Loureiro (União) fazem gestos simbólicos aos eleitores do presidente.

Com as manifestações do 7 de Setembro, ficou claro que, diferentemente de outras partes do país onde Bolsonaro perdeu força, em Santa Catarina o apoio ao candidato à reeleição é capaz de interferir diretamente na eleição, seja ela para o governo ou para outros cargos.

Como este colunista escreveu no começo desta semana, marqueteiros e coordenadores de campanha no Estado já observam este movimento. Quanto mais a eleição afunila, mais cresce o pedido do eleitor para que os candidatos estejam vinculados a Bolsonaro. Prova disto é este 7 de Setembro.

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Em cidades como Florianópolis, Blumenau e Itajaí os movimentos de apoio ao presidente da República foram representativos. Na Capital catarinense, o ato ganhou contornos de campanha eleitoral, com a presença de políticos como Jorginho Mello. Já Esperidião Amin preferiu outra estratégia e foi a Brasília, onde Bolsonaro participou de uma manifestação com grande público.

Ao fim desta quarta-feira, a certeza é esta: quem ainda relutava em aparecer ao lado de Bolsonaro em Santa Catarina vai procurar formas de fazê-lo. O retorno nas urnas pode não ser garantido, mas a estratégia passa a se justificar pelo grande movimento das manifestações.

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