A entrega do projeto do Universidade Gratuita na Alesc, nesta terça-feira (16), reedita em modelo turbinado uma estratégia que o governador Jorginho Mello (PL) já usou na vida política. Em 2009, quando deputado estadual, Jorginho aprovou e teve sancionada a lei que pagava bolsas de estudo nas universidades da Acafe e privadas de Santa Catarina. À época, o programa ficou conhecido como Bolsa Jorginho. Naquele caso, entretanto, eram pagas as vagas para estudantes carentes as ociosas das instituições. Desta vez, ele turbina a ideia e propõe a compra de todas as vagas das universidades comunitárias do Estado. Assim, nenhum aluno das instituições da Acafe vai pagar para estudar. É o Bolsa Jorginho 2.0.
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Projeto que cria o Universidade Gratuita é entregue à Alesc
Na entrega aos deputados, o governador mostrou-se otimista. Disse que não espera modificações e está na expectativa por uma tramitação rápida. Na prática, porém, talvez ele não consiga nem um, nem outro. O Bolsa Jorginho 2.0. será aprovado, mas está sujeito a modificações e ao tempo que a própria Alesc vai definir daqui para frente.
Em coletiva de imprensa, Jorginho evitou comparações entre as bolsas de 2009 e a atual. Segundo ele, os projetos enviados para a Alesc, inclusive, revogam as legislações como o próprio projeto aprovado pelo então deputado estadual.
– Estamos criando uma nova filosofia. Sempre fui ligado ao sistema Acafe. Quando tive a oportunidade de fazer esse projeto das vagas remanescentes para o pobre estudar, lá atrás, que foi apelidado de Bolsa Borginho, como tem a Lei Pelé, a Lei Zico, o que muito me honrou. Mas é uma nova fase, é uma revolução na educação que o governo bancará o custo da universidade e o aluno vai devolver em serviço. É elevar, definitivamente, a régua da educação.
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Com o Universidade Gratuita, portanto, fica evidente que o governador aposta na educação e no ensino superior gratuito para marcar a própria vida pública. De forma mais abrangente, desta vez, a tendência é que o Bolsa Jorginho 2.0 seja mais efetivo para isto.
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