Dois ativos de alto potencial turístico vêm sendo desperdiçados em Florianópolis. Por motivos semelhantes, tanto o avistamento de baleias como a ponte Hercílio Luz perdem atratividade por conta da ausência de uma estrutura adequada para atender os visitantes. Ambos os casos podem ser usados como exemplo do quanto a Capital catarinense ainda tem oportunidades para atrair mais turistas e, mais do que isso, atender melhor os próprios moradores que circulam pelas belezas da cidade.
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No caso das baleias-francas que dão espetáculo na região do Morro das Pedras, no Sul da Ilha, a falta de estrutura é evidente. Os visitantes precisam se acumular num pequeno bolsão na rodovia que margeia o costão de pedras. Ao mesmo tempo, quem passa pelo local fica buzinando para reclamar da lentidão de quem circula tentando enxergar os animais na água.
Um simples pórtico que avisasse sobre o ponto de avistamento das baleias já ajudaria, além de contribuir para que fotos fossem feitas, o que espalharia uma boa imagem da região para novos turistas. Além disso, banheiros e uma pequena estrutura de atendimento para o visitante também é fundamental. Isso tornaria o Morro das Pedras um reduto de contemplação das baleias e movimentaria Florianópolis durante o inverno, uma época de menor vinda de turistas.
Ao mesmo tempo, a ponte Hercílio Luz vive uma situação parecida. Assim como no caso das baleiras e do Morro das Pedras, o ponto alto para visitação está pronto, que é a própria ponte. Ela atrai moradores e turistas todos os dias. O pôr-do-sol no local, então, é um espetáculo. Mas tudo aperta quando o visitante precisa do básico.
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Não há nem sequer banheiros adequados para atender o fluxo. Falta uma programação mais intensa nas duas cabeceiras. No lado Continental, então, é um completo abandono. Já na Ilha, um bar aberto há pouco tempo tem sido o “salvador da pátria”, como opção para quem quer consumir no local e curtir o final de tarde.
Só que Florianópolis não pode depender só disso, e nem dos poucos food trucks que se acumulam no Morro das Pedras para vender aos curiosos por baleia. A cidade pode mais para que o turismo atenda adequadamente. E isso é fundamental para o novo momento que se vive, como a vinda de turistas internacionais nos voos diretas para Panamá e Portugal. São exemplos como estes que precisam fazer a cidade rever a mentalidade do turismo.