O extremo Sul de Santa Catarina tornou-se a porta de entrada de uma facção criminosa gaúcha em Santa Catarina. O grupo vem se expandindo no Estado desde 2018, com homicídios e registros de tráfico de drogas. Uma operação da Polícia Civil de Sombrio, no começo deste ano, atacou o grupo e cumpriu 18 de 20 mandados de prisão expedidos pela Justiça. Onze dos alvos estavam nas ruas e sete nas cadeias.
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Segundo o delegado Luiz Otavio Pohlmann, responsável pelas investigações do grupo criminoso no extremo Sul de SC, as mortes cometidas pelo bando envolvem membros da própria facção. Sejam por desavença ou por dívidas de drogas. Diferentemente dos assassinatos registrados nos últimos anos no Estado com confronto entre ações, Pohlmann diz que não há informação de enfrentamento do grupo gaúcho contra outras facções.
Pelo menos quatro casos em Sombrio e um em Balneário Arroio do Silva teriam ligação com a organização, mas não estão descartadas outras ocorrências ainda em investigação. A Polícia Civil não tem informação de que a célula gaúcha se espalhou para outras regiões de Santa Catarina. Por enquanto, eles estariam concentrados no Extremo Sul.
Trabalho de combate à organizações
Principalmente depois de 2012, quando iniciaram as ondas de atentados comandados por uma facção catarinense, as forças de segurança de SC se fortaleceram no combate às organizações criminosas. Aos poucos se criou mais integração entre as polícias, envolvendo inclusive o sistema prisional.
Percebe-se avanço neste trabalho nos últimos anos com ações de inteligência das polícias. Na Polícia Civil, por exemplo, a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) fez diferentes operações com foco, principalmente, nas facções catarinense e paulista que protagonizaram confrontos violentos nos últimos anos.
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