A aplicação de doses da Covid-19 abriu uma disputa entre o prefeito da Capital catarinense, Gean Loureiro (DEM), e o governo Carlos Moisés da Silva. De um lado, publicamente, Gean reclama que tem capacidade para começar a vacinação dos professores. De outro, o governo do Estado reage com nota técnica afirmando que os municípios precisam avançar na imunização do grupo com comorbidades antes de entrar nos profissionais da educação.

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Moisés ainda não se posicionou oficialmente sobre isso nas redes sociais, como tem feito Gean, mas nos bastidores pessoas próximas ao governador demonstram o descontentamento com a postura do prefeito de Florianópolis. Como resposta, questionam a falta de efetividade do consórcio dos municípios presidido por ele, e que pretendia comprar doses de vacina diretamente de fabricantes.

Estado coloca freio em vacinação dos professores pelas prefeituras de SC

A pressão de Gean, entretanto, aumentou neste sábado. Em suas redes sociais, ele publicou a imagem de uma reportagem do NSC Total que aponta a queda de seis posições de Santa Catarina na vacinação em comparação com os demais Estados: “Difícil entender essa decisão”, escreveu sobre a postura do governo.

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A crítica aberta veio depois que o Estado não autorizou o avanço da imunização além das comorbidades e ainda divulgou nota técnica neste sábado cobrando dos municípios a aplicação das doses antes da entrada no grupo dos professores.

O governo Moisés mantém para o dia 31 o cronograma da vacinação dos profissionais da educação. A justificativa é que ainda há municípios com margem para vacinar as pessoas com comorbidades. Nesta segunda-feira, o Comitê Intergestores Bipartite (CIB), responsável por decisões sobre a imunização em SC, se reúne para discutir a questão.

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