Não há como desvincular dois processos envolvendo os servidores estaduais de Santa Catarina que estão em andamento no governo do Estado. O primeiro deles, que desde 2019 passa por estudos internos, é a Reforma da Previdência. Após uma tentativa frustrada enviada para a Assembleia Legislativa (Alesc), agora o Executivo pretende mandar um novo texto, ainda mais duro do ponto de vista de alterações. Por outro lado, como segundo movimento para preparar o terreno da discussão previdência, o governador Carlos Moisés começa a anunciar reajuste do salário dos servidores.
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O primeiro grupo foi o dos professores, como publicado pela colega Dagmara Spautz. Moisés abriu o cofre cheio do Estado para anunciar 44% de aumento aos profissionais que tenham formação superior. O piso será de R$ 5 mil, segundo o governador, sem dar mais detalhes em sua publicação nas redes sociais.
Os servidores da educação foram um dos maiores grupos do funcionalismo público catarinense. Por isso, o anúncio do aumento salarial é um claro sinal de que o governo oferece aos trabalhadores um reajuste antes da chegada de medidas duras por parte da reforma, que deve ser aprovada sem dificuldades na Alesc.
Segurança pública no alvo
O próximo grupo a ter aumento confirmado é o da segurança pública, assim como na sequência também virá a Saúde. As conversas com as força policiais estão em andamento. Assim como no caso da educação, os policiais, bombeiros e peritos, além dos trabalhadores dos serviços administrativos, se encaixam entre as maiores categoria da folha de pagamento de SC.
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Diferentes associações e sindicatos que representam os servidores já se reuniram e enviaram propostas oficiais ao governo, que deve apresentar uma contraproposta em breve. A tendência é de que os valores sejam divididos nos próximos anos por conta da alta defasagem dos reajustes inflacionários.
Nos bastidores, comenta-se que tanto educação como segurança devem ser duas das áreas mais afetadas pela reforma a ser enviada na próxima semana. Com os aumentos, o governo deve amenizar temporariamente o clima, mas discussão previdenciária trará dias tumultuados a SC de qualquer forma.
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