Está marcado para esta terça-feira, 3 de dezembro, na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a votação da regulamentação do uso medicinal da maconha. O assunto estava pautado para a última semana, mas a análise foi adiada. Para a Santa Cannabis, associação catarinense que atende pacientes com doenças como epilepsia, Parkinson e Alzheimer, as regras a serem impostas vão encarecer a produção. Por isso a entidade entrou na Justiça pelo direito de plantar a maconha para fins medicinais.

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Caso semelhante ocorre na Paraíba, onde uma associação cultiva a cannabis há dois anos para atender pacientes depois de conseguir uma decisão judicial favorável. A entidade catarinense acompanha 200 famílias, sendo 20 delas no Rio Grande do Sul. Elas recebem orientação jurídica e encaminhamento médico.

O custo atual dos medicamente com cannabis gira em torno de R$ 2 mil por conta da importação. As pessoas que não têm condições financeira buscam ajuda de associações de pacientes para ter acesso à medicação por vias judiciais. No Brasil já são 50 habeas corpus para o plantio em casa, segundo o Santa Cannabis.

O ministro da Cidadania, Osmar Terra, tem criticado a possível regulamentação. Em entrevista ao jornal O Globo, ele diz que o processo "abre a porta para liberar drogas". Ele ainda afirmou que é a favor de usar o canabidiol "se ele mostrar efetividade".

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