O violento episódio do assalto à Tesouraria do Banco do Brasil, em Criciúma, serve como ponto de alerta para a segurança pública catarinense. O ponto crucial dos futuros planejamentos e discussões dos chefes de segurança precisa estar no setor de inteligência. A prevenção crime teria sido a melhor arma das polícias para conter o domínio dos bandidos sobre a maior cidade do Sul de Santa Catarina.

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As teses da melhoria do armamento dos policiais são pertinentes, mas não cabem em maior proporção diante a um cenário onde os criminosos estava também fortemente carregados, tanto de armas quanto de explosivos. A PM-SC agiu corretamente ao evitar um confronto no Centro da cidade que poderia acarretar em resultado de proporções ainda mais violentas para os próprios servidores da segurança, além de eventuais vítimas inocentes em uma troca de tiros.

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A organização do bando chama a atenção. Em duas horas, eles conseguiram controlar a cidade e deixar explosivos espalhados. Qualquer reação instantânea seria arriscadas. Por isso a importância do setor de inteligência prever os atos criminosos antes de que eles sejam colocados em prática. A atuação durante o crime é necessária na maioria dos casos, mas sempre arriscada. No assalto de Criciúma, claramente a decisão da PM foi a mais segura diante do poder de ação dos bandidos.

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Em contrapartida, a reação veio à altura com o fechamento de territórios, busca a endereços, prisão de suspeitos. Especialistas em segurança pública apontam a resosta rápida como um dos fatores fundamentais para auxiliar na investigação. Crimes desse tamanho são planejados por meses. Não à toa também levam grande tempo para serem elucidados.

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Qualquer prova ou pessoa envolvida que é capturada nas primeiras horas após o crime pode contribuir. E, ainda mais no assalto de Criciúma, Santa Catarina precisa reagir. Ele passou a ser emblemático pela forma e agressividade – um PM foi internado em estado grave. A resposta aos criminosos será fundamental para sinalizar que o Estado não tolera e reage aos ataques.

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