As duas principais universidades públicas de Santa Catarina passam por um ano de discussões sobre seus orçamentos. A UFSC chegou a viver o contingenciamento vindo do governo federal, enquanto a Udesc teve ameaça de redução de percentual para 2020, o que não passou pela Alesc. Em um momento onde as discussões ideológicas ultrapassam as técnicas, as duas instituições tornaram-se alvo de críticas.
Continua depois da publicidade
A realidade, porém, aponta para a alta relevância de ambas, exemplificada pelas pesquisas de relevância local e internacional, sem falar no benefício a milhares de estudantes. Cabe às duas universidades, neste momento, abrir suas portas, apresentar à sociedade seus resultados de forma transparente. Aliada a ajustes financeiros internos, a medida ajudará a evidenciar as ações de impacto e a reduzir as críticas.
Trata-se de evidenciar aquilo que é rotina dentro das universidades. Durante a greve dos estudantes da UFSC, alguns cursos levaram suas atividades para o Centro de Florianópolis, em um claro sinal de aproximação das pessoas. Isto sim faz parte de um processo de abertura de portas. Ações como essa batem de frente com argumentos ideológicos.
O investimento do governo federal no ensino público deve ser inquestionável. Melhorias fazem parte da evolução do modelo. Às instituições é urgente a participação ativa neste caminho. Caso contrário serão atropeladas pelas ideologias ou argumentos infundados que passam a ganhar apoio por conta da falta de respostas ou ações que mostrem o empenho das próprias universidades em participar da mudança.
O contingenciamento no governo federal, por exemplo, abre oportunidade para a administração da UFSC fazer sua parte internamente. Rever contratos e alinhar o orçamento conforme o momento sem, é claro, prejudicar o ensino. No caso da Udesc, o recado da possível alteração do duodécimo é o mesmo. As duas principais universidades públicas passam por um 2019 de reflexões, cabe a elas sair dele ainda melhores.
Continua depois da publicidade