As justificativas de Moisés para a mudança de planejamento da retomada econômica

Em seu pronunciamento desta quarta-feira (22), o governador Carlos Moisés da Silva usou boa parte do tempo do seu pronunciamento para falar sobre a retomada econômica anunciada para os setores como shopping centers, bares, restaurantes e academias depois das restrições por conta do coronavírus. Ele explicou os motivos que levaram o governo catarinense a alterar o planejamento inicial anunciado em 11 de abril que previa a volta de atividades no final dos meses de abril e de maio e que foram permitidas a partir desta semana em Santa Catarina.

Segundo ele, o cenário diário exige novas decisões, por isso que as alterações ocorrem. A análise do "quadro real", conforme Moisés, dá o embasamento através de ferramentas que trazem os cenários possíveis e não absolutos. Durante a fala, ele citou o casos dos leitos de UTI destinados aos pacientes em tratamento de coronavírus, que tiveram uma redução de 19% para 16% no índice de ocupação nos últimos dias.

– Todo dia tomamos decisões novas, todos os dias nós analisamos os fatos. E os fatos são modificáveis a cada dia. Segunda-feira, 19 % (ocupação dos leitos de UTI), terça-feira, 17%, hoje (quarta), 16%. Amanhã não sei qual será. Nós temos um cenário projetado, se ele se confirmar nós vamos manter o leme. Se o cenário não se confirma, nós vamos corrigir a mão do Estado em várias áreas.

Sobre os prazos antes estipulados para 30 de abril e 31 de maio, Moisés citou o exemplo do transporte coletivo, que prevê a suspensão das atividades até o final deste mês. Segundo ele, não significa dizer que no dia 30 os ônibus voltam: "a leitura inversa também é verdadeira". A justificativa é que os casos são analisados constantemente pelo grupo interno do governo criado para acompanhar a evolução dos casos.

A conversa com os setores envolvidos na reabertura também foi destacada pelo governador. Ele apontou que não podem ser feitas regulações sem que os envolvidos sejam ouvidos:

– A gente vai construindo as normativas. O governo tranca determinada atividade para preparar os leitos e trabalhar com o setor para a retomada. Se tivéssemos a receita do bolo, o mundo todo tinha praticado.