Moisés diz que houve rejeição de equipamentos de UTI em municípios de SC; presidente da Fecam reage

Declarações do governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva, sobre leitos de UTI repercutiram. Na segunda-feira (13), ele disse que há “certa rejeição” de equipamentos para as unidades de terapia intensiva em alguns municípios catarinenses para o enfrentamento ao coronavírus em Santa Catarina. Como resposta, o presidente da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), Orildo Severgnini, reclamou do que chamou de falta de parceria do governo.

A crítica de Moisés ocorreu durante uma conversa divulgada em vídeo entre ele e o secretário de Saúde do Estado, André Motta Ribeiro. Ao falar sobre o apoio das prefeituras, ele citou a entrega de leitos:

– A gente percebeu que nós tomamos aí a iniciativa de tentar abrir leitos de UTI em alguns municípios, em algumas regiões, e que houve quase que uma certa rejeição, não teve boa vontade de colocar isso em prática. Alguns equipamentos foram rejeitados, outros foram transferidos para outros municípios. 

O governador ainda complementou: “Temos bons parceiros e também encontramos algumas resistências, que precisam ser superadas”. Durante a fala, Moisés reforçou a importância da “parceria” com os municípios para que haja o reforço de equipamentos nas cidades catarinenses.

Para o presidente da Fecam, porém, o Estado determinou a regionalização das decisões e “jogou a responsabilidade nas costas dos municípios”. Segundo ele, há devolução de equipamentos dos leitos de UTI porque faltam peças:

– E alguns municípios o respirador vem pela metade, falta o equipamento que mede a pulsação e a pressão do doente. Agora ele está vindo emprestado do São Paulo e do Rio de Janeiro, dos hospitais de campanha que foram desativados lá. Por isso que os municípios não estão recebendo (os respiradores).

Outra reclamação do presidente da Fecam é sobre o credenciamento dos leitos junto ao Ministério da Saúde. A burocracia é necessária para que o pagamento seja feito aos hospitais. Segundo Servignini, os municípios estão abertos ao debate: “mas o diálogo produtivo, não falar uma coisa de manhã e á tarde secretário vir com outra”, afirmou.

Leia também:

​> Blumenau suspende ônibus, missas, cultos e proíbe circulação de idosos para conter coronavírus