A situação do coronavírus em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, se agrava a cada dia. A lotação dos leitos de UTI se espalha também para o atendimento em ambulatórios e demais unidades de saúde. Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (9), o prefeito João Rodrigues (PSD) descartou fechamentos gerais e impôs restrições pontuais a eventos com música. Casas noturnas, pubs e tabacarias devem ficar fechadas até sexta-feira, que deve entrar em vigor uma lei municipal para suspensão de alvará dos estabelecimentos que descumprirem medidas da prefeitura. Praças e parques têm limitação de horário.

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Rodrigues, no entanto, condicionou suspensões de atividades ao colapso do atendimento de saúde:

– Não queremos fechar, fazer lockdown, fazer nada. Só queremos fazer isso: cumprir, diminuir, permitir, fiscalizar e cuidar, para não fechar. Só vai fechar se colapsar todo o sistema. Aí não tem o que fazer, se realmente lotar tudo não tem outro jeito.

A prefeitura cogita aumentar os pontos de atendimento para os casos de coronavírus. Hoje são dois. Um terceiro é estudado. O prefeito afirmou que os atendimentos e internações estão crescendo. E isso é perceptível para as pessoas que participaram de forma online da coletiva nas redes sociais. Muitas delas afirmaram que o colapso já chegou no município e apontaram filas em unidades de saúde.

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– Não vamos fazer parte da omissão – disse o prefeito após lembrar do avanço da doença na maior cidade do Oeste catarinense.

Casos aumentaram após viagens de férias, diz prefeito

Questionado sobre o motivo para o crescimento da doença nos últimos dias em Chapecó, Rodrigues apontou as viagens de férias como o motivo:

– É básico. Teve virada de ano e Natal. Passou a primeira, segunda e terceiro semanas de janeiro. Na última semana de janeiro as pessoas voltaram de suas viagens. São muitas pessoas que vieram e trouzeram o vírus de suas férias. O nosso povo foi para lá (praia) e retornaram, essa é a presunção proque os depoimentos são da praia. Esses são os depoimentos. No Litoral também começou a aumentar o número. Basicamente, a gente presume que seja o retorno do Litoral. A proliferação não foi culpa do bar da cidade.

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