Menos de um ano depois da última visita, Jair Bolsonaro (PL) está de volta a Santa Catarina. A agenda prevê uma série de atos político-partidários no Estado ao lado da esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, nesta sexta (28) e sábado (29). A programação, apesar de intensa, não é novidade para o ex-presidente da República quando se trata de terras catarinenses. Quando ostentava a faixa presidencial, ele esteve no Estado mais de uma dezenas de vezes, sendo que na maior parte foi para atos festivos e políticos, como as tradicionais motociatas.
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Bolsonaro confirma que virá a SC com Michelle
Seria chover no molhado dizer aqui que Bolsonaro pouco anunciou e entregou para os catarinenses quando veio como presidente. Desta vez, porém, ele não terá este compromisso. Poderá vir sem este fardo e sem a cobrança de um ou outro em relação a entregas para o Estado. Assim como fez muito entre 2019 e 2022 em Santa Catarina, Bolsonaro terá tempo para fazer fotos, conversar com aliados, fazer política e descansar.
Num caso como o atual, é muito mais justo com o catarinense que a agenda seja esta. O errado, ao meu ver, era cumprir a mesma programação como presidente da República diante de tantas demandas que o Estado apresentou ao longo dos quatro anos. Em contrapartida, 70% dos catarinenses se mantiveram fiéis ao ex-presidente, demonstrando que não importa o que ele fez aqui quando veio com a faixa presidencial, mas sim o que ele defende.
É por isto que Bolsonaro vem, desta vez, como muito a agradecer. Estão em solo catarinenses os políticos mais fervorosos a favor dele, assim como o eleitor que por duas eleições seguidas o rendeu vitórias contundentes nas urnas. Não que este agradecimento será efetivamente feito, mas, assim como as entregas tão esperadas até o final do ano passado, também seria justo um reconhecimento.
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Acima de qualquer coisa, porém, o que será neste final de semana é uma demonstração do quanto Bolsonaro ainda tem impacto político no Estado. É o que esperam as principais lideranças do PL catarinense, já de olho em 2024, quando querem aumentar o tamanho do partido com prefeituras conquistadas nas urnas. Os eventos programados neste dois dias darão a dimensão disso. Ainda mais com um ex-presidente que sabe muito bem que aqui em Santa Catarina o terreno é fértil para que ele faça atos políticos.