Condenado por homicídio em júri que ocorreu em agosto do ano passado, um advogado foi preso em Florianópolis na manhã desta sexta-feira (25) pela equipe da Delegacia de Capturas da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic). Apesar de a ação não ter sido divulgada, a coluna apurou que Jorge Acir Cordeiro foi detido no bairro Itacorubi depois que saía de um apartamento onde estava. Ele foi condenado a 16 anos de prisão por ter sido o mandante de um homicídio em Balneário Arroio do Silva, no Sul do Estado, em 2008, mas o TJ-SC aumentou a pena para 24 anos. A vítima foi um empresário local, conhecido como “Beto da EJW”. Outro homem, apontado como um dos executores do crime, também foi condenado e tem mandado de prisão aberto contra ele.

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A defesa de Cordeiro, comandada pelo advogado Francisco Ferreira, recorreu da sentença, mas o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), nesta quinta-feira (24), negou a apelação. Assim, a juíza Thania Mara Luz, da 1ª Vara de Criminal de Araranguá, expediu ainda nesta quinta o mandado de prisão. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já teria sido comunicada.

Pelo que a coluna apurou, os policiais cumpriram o mandado após a Diretoria de Investigação Criminal (DIC) de Araranguá apontar a possibilidade de fuga. Assim, a equipe comandada pelo delegado Antonio Claudio Seixa Joca fez a prisão. À coluna, Joca diz que não se manifesta sobre o caso.

Em relação ao caso específico, segundo denúncia do Ministério Público, o crime aconteceu em fevereiro de 2008 na Avenida Beira-Mar do município de Balneário Arroio do Silva, em uma residência alugada para a temporada de verão. A vítima chegava ao local com sua esposa quando um dos réus foi ao seu encontro e a atingiu com cinco tiros.

Cordeiro teria encomendado a execução do crime por conta de inimizades com a vítima, que era seu cunhado e sócio até dezembro de 2004. No fim de sua participação na sociedade, ele teria se sentido lesado financeiramente e proferido ameaças de que se vingaria do ex-sócio. Ele teria contratado os serviços do executor do crime por R$ 5 mil.

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O que diz a defesa do advogado

À coluna, o advogado Francisco Ferreira, que defende Cordeiro, diz que vai entrar com um habeas corpus nesta sexta-feira (25) junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ): “Entendemos que as nulidades que foram suscitadas em sede de apelacão e objeto de sustentação oral são de ordem pública, são gritantes e não dependeriam de demonstração de prejuízos e aguardamos que o Tribunal reconhecesse essas nulidades e anulasse o julgamento”.