O anúncio feito pela Polícia Militar (PM-SC) sobre a desativação do programa de câmeras corporais significa um retrocesso na segurança pública de Santa Catarina. A corporação até tentou, em manifestação oficial, dividir a responsabilidade com questões de manutenção e valores repassados pelos Poderes para o funcionamento do sistema, mas ficou claro que a decisão foi uma escolha da própria PM-SC. Depois de cinco anos em operação, as câmeras deixaram de circular.

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A suspensão do projeto atinge diretamente a segurança pública, ainda mais por ser a corporação catarinense a pioneira no Brasil no modelo. Faltaram explicações mais concretas sobre a decisão. Segundo a corporação, novas modalidades tecnológicas serão estudadas. Entretanto, não há prazo estabelecido para que as câmeras voltem, por exemplo.

Assim sendo, a segurança pública de Santa Catarina perde um sistema que é referência sem que haja sinalização de retomada ou formatos que possam substituí-lo à altura. Pelo contrário, a tendência é que as câmeras corporais caiam no esquecimento, uma derrota para a sociedade catarinense.

É de conhecimento na segurança pública nacional que os equipamentos protegem tanto o cidadão como policial. Além disso, ajudam nas investigações e reduzem divergências sobre abordagens, diante de relatos distintos dos envolvidos. Sendo assim, fica claro que as questões técnicas deveriam ser superadas em prol de um sistema reconhecidamente positivo. Espera-se que, em algum momento, não só a PM-SC como a secretaria de Segurança do Estado e o governo de SC possam reconhecer o erro e restabelecer o sistema na corporação.

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