Vencer a eleição municipal na disputa das prefeituras tem uma realidade muito maior do comemorações e festejos. Ainda mais na realidade atual, os eleitos (ou reeleitos) deste 15 de novembro – ou 29, onde houver segundo turno – terão como primeira e principal missão o enfrentamento ao coronavírus. Não há perspectiva de que 2020, o ano em que a pandemia começou, tenha também o fim da crise causada pela doença. Para os vencedores do pleito, então, este será o desafio prioritário no começo de mandato.
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Como escrevi aqui no começo da pandemia, gestores municipais precisam tomar decisões, sejam elas passíveis de bônus ou ônus. Elas devem ser baseadas na realidade da doença, alinhada à economia com auxílio aos necessitados e suporte aos setores. Santa Catarina passa por uma nova crise da doença, maior em efeitos de números do que aquela entre julho e agosto. Uma realidade sem perspectiva para mudar.
Os sinais apontam para uma continuidade dos efetiso da pandemia em 2021, quando as gestões vão dar seus primeiros passos. Reside aí a maior responsabilidade dos eleitos em 2020. Seja para a tomada de decisões na saúde ou em setores como economia e assistência social, os municípios têm autonomia para agir. E assim devem fazê-lo.
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Nas cidades litorâneas ou que dependem do fluxo de turistas do verão, a demanda é mais urgente. Os casos onde houver transição, ela precisa ser sem impactos ao moradores locais porque a prioridade está no combate à pandemia. Alinhados ao Estado, os municípios são os responsáveis por implantar um plano conjunto de enfrentamento à doença no período em que o fluxo de pessoas circulando em algumas cidades se multiplica.
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Fato é que depois deste mês de novembro, passados o primeiro e segundo turnos, Santa Catarina precisa concentrar esforços na reação ao coronavírus. O período eleitoral desfoca tanto gestores como a população da pandemia. A reação, portanto, deve ser rápida e concentrada na preservação da vida e retomada econômica.