O catarinense que vê as notícias dos ataques criminosos nas ruas do Rio Grande do Norte tem lembranças ruins do que já viveu aqui o Estado. Entre 2012 e 2015, foi em Santa Catarina que facções criminosas atacaram unidades policiais, ônibus e prédios públicos. Em forte reação dos órgãos de segurança pública, a crise foi contida. Mas outro ponto foi fundamental de igual forma para que a normalidade se mantivesse nos anos seguintes, como se vê atualmente: o controle do sistema prisional.

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Governo do Rio Grande do Norte transfere mais 9 presos para sistema federal após ataques

Pelas investigações iniciais, os ataques no RN começaram por motivos semelhantes ao que gerou a primeira onda de atentados em terras catarinenses, em 2012: fatos vindos do sistema prisional. Com a contenção necessária dos criminosos, o Estado conseguiu depois dali se dedicar a melhorias nas cadeias. Em comparação com o que se via há 10 anos, o sistema prisional catarinense é outro.

Há, nas redes sociais, reclamações de quem vê como absurdo o fato de o RN anunciar melhorias nas cadeias depois dos ataques. Como se sabe, as facções criminosas locais começaram os atentados porque os presos reclamam das condições dos presídios.

Mas, diferentemente do que pensam os radicais da internet, o que as autoridades precisam fazer não é dar regalias aos presos. O que se espera é o cumprimento da lei, que exige um atendimento básico aos detentos, enquanto quem cometeu atentados nas ruas precisa ser punido por isso, também dentro da lei.

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Foi assim que SC controlou o sistema. Ninguém ganhou picanha ou celas com jeito de hotel. O que se deu foi estrutura básica e possibilidade para trabalho e estudo. Está totalmente errado quem pensa que preso de trata com violência. Um sistema seguro é onde se cumpre a lei.

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