O leilão da BR-101 Sul, em São Paulo, foi feito sem a presença de representantes de Santa Catarina, seja do Estado, dos municípios ou do Congresso Nacional. Em comparação, na concessão do aeroporto de Florianópolis, em 2017, a prefeitura enviou o superintendente de Turismo, Vinicius de Luca, para acompanhar o fato. No caso da 101, porém, nenhuma das cidades envolvidas esteve no ato. E a explicação pode estar nos pedágios.

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Boa parte dos políticos catarinenses da região Sul de Santa Catarina lutou até a última hora para evitar que o leilão ocorresse. As prefeituras também, inclusive através de ação judicial. O clima não era mesmo de proximidade com o evento. Mesmo com a proximidade da imensa maioria da bancada catarinense com o governo do presidente Jair Bolsonaro, nem deputados e senadores estiveram no ato comandado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcício Freitas.

O governo do Estado afirma que a secretaria de Infraestrutura recebeu o convite para participar do leilão na última quarta-feira (19), mas que a agenda do secretário para a liberação de atos impediu a presença em São Paulo. O governador Carlos Moisés da Silva postou em seu Twitter uma mensagem de agradecimento depois que o próprio ministro compartilhou um vídeo com o resultado da concessão.

"São R$ 7,4 bilhões de investimentos para o Sul de Santa Catarina. É mais segurança para todos que trafegam por ali, vindos de todas as regiões do estado e do Brasil", escreveu Moisés. O deputado federal Rogério Peninha Mendonça (MDB), aliado de Bolsonaro, também compartilhou o vídeo e disse: "A tarifa é justa, esperamos um serviço de qualidade".

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