Realidade em pontos de São Paulo e Rio de Janeiro, a tecnologia 5G ainda está distante de Florianópolis. A Capital catarinense, conhecida como “Vale do Silício” brasileira, não possui a infraestrutura necessária para receber o sinal do novo sistema caso seja necessário diante de um eventual leilão do modelo no país. As operadoras vencedoras do lote catarinense teriam dificuldade em instalar o 5G por dois motivos: falta regulamentação para a instalação de antenas de transmissão e não há de espaço para cabos de fibra óptica nos postes.
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A demora para a melhoria na infraestrutura mobiliza a Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif). Na última semana, o presidente da entidade, Rodrigo Rossoni, buscou a Celesc para discutir o assunto, principalmente pela questão do espaço nos postes. Rossoni afirma que a falta de infraestrutura tecnológica para o 5G aos poucos deixa de ser importante para se tornar urgente em Florianópolis. O temor da entidade é que isso comprometa o futuro da Capital, que tem boa parte da sua economia voltada para o setor.
– As pessoas acham que o é apenas um aumento do atual 4.5G para o 5G. São coisas diferentes, o 5G é uma tecnologia disruptiva – resumiu Rossoni.
O que diz a prefeitura
A coluna procurou o secretário de Turismo, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, Juliano Richter Pires. Segundo ele, tramita um projeto na Câmara de Vereadores para resolver a regulamentação dos espaços das antenas. A proposta altera o Plano Diretor e permite a instalação dos pequenos equipamentos em diferentes pontos da Capital. As antenas são fundamentais para que o sinal chegue a mais pessoas.
O secretário afirma que a prefeitura tem feito a sua parte, e pretende discutir novamente a rede nos postes com a Celesc: “Nossa função é retirar as pedras do caminho”. Pires lembra que a estrutura deve estar pronta para que futuramente as operadoras vencedoras da licitação do 5G possam se instalar na Capital.
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O que diz a Celesc
Em nota, a Celesc se manifestou sobre a instalação da tecnologia: “A Celesc esclarece que, em relação as estruturas para que as empresas de telefonia instalem a fiação que contemplará a rede 5G, a distribuidora avalia se há viabilidade técnica para a fixação dos cabos de fibra ótica nos postes. Diante disso, havendo disponibilidade, o projeto é aprovado e a operadora é autorizada a realizar a instalação dos seus cabos para atendimento das repetidoras 5G”.
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